[BEBÊS] Amamentação Parte III A volta ao trabalho X o Aleitamento Materno Exclusivo (AME)


No Brasil, as mães que trabalham sob a CLT têm direito de no mínimo 4 meses de licença maternidade, sendo facultativo ao empregador estender essa licença até 6 meses, como acontece obrigatoriamente no serviço público. É muito raro o empregador celetista conceder a licença de um semestre. As vezes acontece, no meu caso, não aconteceu.
Em contrapartida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo (AME) por 6 meses.
E aí? Como ficam as mães que precisam voltar ao trabalho no 4° mês pós-parto? Pois é. As mães têm que se virar nos 30!
O governo investe em campanhas de incentivo ao AME  e o apresenta como sendo o melhor caminho para que a criança cresça saudável, forte e resistentes. Ele está correto, mas não dá o suporte para que isso seja uma realidade nas famílias brasileiras.
Eu decidi me esforçar ao máximo para que minha bebê se alimente exclusivamente com leite materno até o seis meses de vida. Com o apoio do meu esposo, tenho conseguido.
Tenho vários motivos para insistir no AME. O mais forte deles é o fato de eu não ter mamado e ter sido uma criança que adoecia muito facilmente.
Hoje, Esterzinha está há 4 meses, 2 semanas e  2 dias se alimentando exclusivamente com o leite materno. E eu já voltei a trabalhar.
Tenho a vantagem de, no momento, trabalhar apenas dois dias na semana, me ausentando de casa durante 9 horas contínuas em média.
Logo, para dar continuidade ao AME preciso ordenhar meu leite, congelar (ver imagem) e deixa-lo disponível para quem for cuidar da bebê lhe oferecer
Antes de voltar ao trabalho é preciso definir onde e com quem o bebê ficará. O ideal é que o cuidador tenha a oportunidade de treinar e conhecer a rotina do bebê, que envolve troca de fralda, banho e, o mais complexo, alimentação.
No meu primeiro dia de trabalho, minha bebê, que estava aos cuidados da minha irmã e em outro momento do meu esposo, não aceitou tomar o leite materno no copinho e nos bicos de mamadeiras que tínhamos aqui disponíveis, para o meu desespero e tristeza
Para não atrapalhar o bom andamento do AME, a OMS e o Ministério da Saúde não recomendam o uso da mamadeiras na hora de oferecer o leite ordenhado, mas sim de copinhos e colheres.
Na prática, o desafio não é manter o AME e sim, manter o seu filho alimentado. Essa é a verdade. :D Por isso, me pus a ordenhar com alguns dias de antecedência, mas também comprei preparo para leite artificial por precaução (até hoje não atulizamos)..Além disso, assim que pude corri atrás de outras mamadeiras, outras marcas, outros formatos. Tudo estava valendo para facilitar a aceitação dela a esse novo jeito de se alimentar, inclusive contrariar as recomendações da OMS.
Para nossa alegria, a bebê aceitou o bico em formato de peito da NUK. Compramos esse lindo copinho de transição da nuk com alça removível e colocamos o bico em formato de peito. :D
Já foram 4 dias de trabalho e, aos poucos a bebê tem tomado mais "tetê". 
No último dia foram três mamadas dadas pelo papai: as 7h tomou 120ml; as 10h30, 70ml; e ao meio dia mais 70ml. Entre as mamadas ela tira muita soneca. E as 14h ela mama a vontade no meu peito, que volta do trabalho cheio de leite. Um grande avanço para quem não tinha tomado quase nada no primeiro dia.






Comentários

Postagens mais visitadas